A solução não é se encaixar em expectativas irreais.

Assim como Chihiro, que no início de sua viagem se sentiu perdida, com medo e sem um lugar ao qual pertencer, você pode estar passando por um momento de incerteza e desconexão consigo mesmo. Mas, ao longo do caminho, Chihiro descobre sua força, encontra aliados inesperados e compreende que sua identidade não depende apenas do que os outros pensam.

Seu processo de autodescoberta também pode ser assim: uma chance de se entender melhor, respeitar seus sentimentos e perceber que você não está sozinho. A terapia pode ser o portal para esse mundo novo – não um onde você precisa se transformar em algo que não é, mas um onde você finalmente pode ser quem realmente é. 

Psicologia Analítica/Junguiana

Desenvolvida por Carl Gustav Jung (1875-1961), a Psicologia Analítica compreende o ser humano como um universo de símbolos, mitos e arquétipos que refletem sua jornada interior. Na terapia, não buscamos apenas resolver problemas superficiais, mas entender as profundezas do inconsciente e o impacto que ele tem na nossa vida.

A relação terapêutica é um encontro genuíno entre duas personalidades. O terapeuta se coloca não como alguém que “corrige” ou “ensina”, mas como um parceiro no processo dialético, onde a troca de ideias e a escuta profunda permitem que novos significados surjam. Os sonhos, os símbolos e até mesmo os conflitos internos são grandes aliados na caminhada rumo à individuação — o processo de tornar-se verdadeiramente quem se é.

A sombra, que representa tudo aquilo que negamos ou rejeitamos em nós mesmos, também faz parte desse percurso. Integrá-la não significa ceder ao que há de sombrio, mas reconhecer suas mensagens e transformá-las em crescimento. Somente ao olhar para nossa totalidade — luz e escuridão — podemos nos tornar seres mais autênticos.

'Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.' 

— Carl Gustav Jung